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O Tempo

sujet.gifTENDÊNCIAS 21 -
Proposta para criar o Projecto Linguagem Humana
Este artigo está disponível no formato standard RSS:
https://jurispro.net/doc/data/artpt.xml

A linguagem humana é um milagre cuja origem está ainda por determinar. Sendo um fenómeno universal da nossa espécie, a causa da sua aparição num dado momento da evolução foi motivo de reflexão durante muito tempo por parte de diversas doutrinas do conhecimento.

Na actualidade, há aproximadamente seis mil e quinhentas línguas faladas. De onde surgiu tal diversidade? Qual foi a origem de todas as línguas?

Um grupo de linguistas da Universidade de Nova York pretende trazer alguma luz sobre estas questões através da criação de uma base de dados similar à do Projecto Genoma Humano, que permita que os estudos existentes sobre doenças que afectam a linguagem se reúnam, para poderem, assim, interpretar os processos biológicos presentes no desenvolvimento da nossa capacidade de falar.

O investigador Gary Marcus, professor do departamento de psicologia da citada universidade e o seu colaborador Hugh Rabagliati assinalam, num artigo publicado pela revista Nature Neuroscience, que as bases biológicas da nossa capacidade linguística ainda hoje continuam a ser um mistério, bem como a evolução que nos fez chegar a essa capacidade.

Tudo são teorias, mas não há dados suficientes. As doenças relacionadas com a linguagem podem ser uma pista para resolver o mistério.

Bases genéticas e neuronais

Segundo Marcus, o estudo dessas doenças realizar-se-ia mediante a aplicação do princípio darwiniano de “descendência com modificação”. Este princípio assinala que a evolução tem a ver com a mudança e que o processo de descendência faz com que as espécies estejam relacionadas geneticamente.

Se se aplica este princípio ao conhecimento das doenças relacionadas com a linguagem, será possível reconciliar dados aparentemente díspares sobre estas doenças, o que permitirá criar uma importante base de dados e servir para compreender a evolução linguística no homem.

Marcus afirma também que o estudo da natureza e da origem da linguagem humana tem uma complexidade que não é comparável com a da linguagem animal, por isso não é suficiente, como sucede noutras áreas, tratar de compreender este campo a partir das investigações realizadas com animais.

A complexidade da linguagem humana é única, por isso os resultados dos estudos sobre a linguagem animal – como o canto dos pássaros - não podem extrapolar-se às estruturas linguísticas do homem.

No entanto, certas doenças poderiam contribuir para uma melhor compreensão das bases genéticas e neuronais da linguagem, porque proporcionam um método de estudo natural (os próprios pacientes), cujo objecto são as modificações biológicas e fisiológicas que sofrem os doentes deste tipo.

Como exemplo, Marcus assinala os estudos de neurociência cognitiva, que analisa a relação entre as bases biológicas e fisiológicas da linguagem e as bases biológicas e psicológicas de outros sistemas cognitivos e neuronais.

Unificar estudos

Levando em conta que numerosas investigações demonstraram que defeitos na capacidade de falar se relacionam a miúdo com problemas noutras áreas do conhecimento, como o controle motor, isto significaria que a linguagem estaria regida por “genes generalistas”, afirma o cientista.

Compreender melhor que componentes da nossa biologia “trabalham” para que falemos (a partir do conhecimento daquilo que “falha” nas pessoas que não podem comunicar-se em condições normais), permitiria por um lado entender a origem biológica da linguagem, e por outro ajudar as pessoas com problemas de comunicação a desenvolver novos métodos de ensino de idiomas estrangeiros.

Por exemplo, os doentes com Síndrome de Williams têm dificuldades para perceber o mundo e saber o que está a acontecer, mas têm capacidades linguísticas normais.

Por outro lado, o autismo pode afectar a fala e a compreensão linguística, como a capacidade de aprender os nomes dos objectos.

As desordens genéticas, como o Síndrome do cromossoma X frágil, que é a forma mais comum de atraso mental hereditário nos homens e uma das causas mais significativas nas mulheres, provocam danos nas capacidades cognitivas e linguísticas.


Compreendermo-nos a nós próprios

Mas os estudos realizados até ao momento sobre todas estas doenças fizeram-se separadamente, sem unir peças.

Marcus e a sua equipa pediram através da Nature Neuroscience que os peritos recompilassem os dados-chave de todos estes trabalhos e se criasse uma base de dados sobre estas doenças para conhecer a fundo como afectam ou não a capacidade da fala, de maneira que possa ajudar-se melhor os doentes, tentando, ao mesmo tempo, resolver o mistério da origem, desenvolvimento e evolução da linguagem.

O estudo comparativo das desordens linguísticas proporcionaria aos investigadores a oportunidade de examinar como variam dentro do genoma os factores cognitivos.

A comparação destas variações nos doentes com desordens linguísticas e a população sã, assim como as comparações das variações entre doentes de diferente tipo, daria informação sobre a herança de diversos aspectos da linguagem.

Assim, poderiam assinalar-se aqueles genes que estão relacionados com a linguagem, e inclusive obter-se chaves sobre as origens das características próprias de cada língua.

Uma base de dados deste tipo seria de um valor incalculável porque, afirma Marcus, quanto melhor compreendermos o que é a linguagem, melhor nos compreenderemos a nós próprios.


Yaiza Martínez

 

 

Tradução JURIS
Ligação para o artigo original
Parceria JURIS - Tendencias 21


Criado em: 30/10/2006 • 07:40
Actualizado em: 05/02/2021 • 18:04
Categoria : TENDÊNCIAS 21


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Comentários


Comentário n°1 

nanda 18/07/2008 • 14:45

***MaravilhOsOO
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