Mario Toboso é Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de Salamanca e membro da Cátedra de Ciência, Tecnologia e Religião da Universidade Pontifícia Comillas. Editor do blog Tempus Tendências21 e membro do Conselho Editorial desta revista. Este artigo é o segundo de uma série de dois sobre o tema da consciência. Ir ao artigo anterior. [não traduzido]
Criado em: 03/08/2006 • 14:38
Actualizado em: 04/08/2006 • 13:13
Categoria : TENDÊNCIAS 21
Comentário n°2 |
Fernanda Araújo 03/10/2007 • 13:49 |
Depois de ler o V. artigo verifico afinal que a ciência está no bom caminho. Isto porque a minha opinião, desde há muito tempo, é que a humanidade só tem a beneficiar se compreender verdadeiramente o que é deus, este é nada mais nada menos que a energia que cada ser humano recebe consoante a forma de estar e de pensar. Não defendo nenhuma religião em particular, pese embora respeite todas elas, visto que correspondem aos dogmas e crenças de cada um. No entanto, entendo que todas elas convergem no mesmo sentido num deus uno. Para mim deus está presente em cada ser humano e essa presença influencia o físico, pois só assim se compreende a capacidade e diversidade de acesso ao conhecimento dependendo da capacidade de cada ser humano de meditar libertando-se das barreiras porvocadas pelo ego. Este impede a experiência do conhecimento interior e impede o acesso ao conhecimento do nosso "disco rígido", ou seja, ao subconsciente que tudo sabe e conhece. Daí, que relacionar a neurociência com a espiritualidade é o caminho para chegar a deus, e este que reside em cada ser humano expressa-se atráves da qualidade dos seus pensamentos. O ser humano resiste a tudo se for movido por pensamentos e sentimentos puros e positivos. Ora, como os pensamentos são energia a existência de deus em cada ser humano depende da similitude da energia destes com a de deus e a humanidade estará tão mais próximo de Deus quanto mais desenvolver a sua espiritualidade, e esta permitirá a cada ser humano, libertar-se e curar-se dos problemas físicos. Deus em bom rigor está dentro de nós e nós temos apenas que saber procurá-lo dentro e não fora. O universo é a expressão da existência de deus, e deus é energia, aliás, Einstein assim como outros físicos concluíram que tudo se resume a energia. A ciência e a neurociência só poderá lograr entender a natureza humana se se aliar à espiritualidade, penso que este é o caminho. Considero que a humanidade actualmente está mais consciente desta realidade, pois entende que os velhos padrões do mundo ocidental e a ciência convencional não conseguem explicar determinadas situações e estão. |
Comentário n°1 |
GilTeixeira 04/08/2006 • 20:26 |
Por vezes temos pena de tantos "cientistas", sobretudo os das "ciências ocultas", tout court, que gastam tanto tempo a "descobrir" bagatelas, que qualquer sapateiro encartado sabe há um ror de anos. As religiões vivem todas na base do maniqueismo, diria, fiel ou infiel, eis a questão. Aliás, a melhor forma de "compreender" uma religião é vestir o hábito de outra. Com o hábito religioso do nosso "inimigo" somos de imediato acometidos de um ataque de clarividência religiosa. Tudo o que não compreendemos, ou sacralizamosna nossa religião, percebemos, e dessacralizamos na seita do nosso concorrente. Assim a nossa religião é sempre uma religião, com cabeça tronco e membros. O outro é um sectário, um fanático, um blasfemo e herege que ofende o objecto da nossa crença. Na verdade, um sapateiro, um pescador, um lavrador, facilmente percebe que um "ateu" é uma criação dos "crentes-maniqueistas" como alguém que crê que uma entidade supra-natural não exite, e logo, crendo na inexistência dessa entidade, tem de ser necessariamente um crente. Duma assentada, para um pescador, que não seja cientista ou pseudo-intelectual, um crente-maniqueista e um "ateu" são ambos crentes, apenas diferindo quanto ao objecto da sua crença. Em rigor são dois crentes, apenas com objectos de crença diferentes, ou seja o crente-maniqueista, e o crente na não-divindade. Portanto, em concreto, a figura do "ateu" é alguém que não existe e foi inventado ou rotulado pelo crente-maniqueista para fazer vingar a sua crença e diabolizar a do outro, - afinal um simples crente na não exitência de algo - não bastando ao primeiro estar "iluminado" pelo objecto da sua crença. Apesar de ser possuidor de tanta luz, o crente-maniqueista tem uma tendência para dominar, e em último caso eliminar o crente na inexistância da "divindade", como se esta, a materiliazar-se a crença daquele, não fosse capaz de converter o crente da sua inexistência na sua exitência. Esta medo, esta psicose, este fanatismo dos crentes-maniqueístas, acaba por constituir mais um factor força e de crença dos crents na inexistência da divindidade. Curiosamente essa invenção, ou rótulo, sendo eufemista, do crente-maniqueista, pode ser considerado, segundo a sua terminologia religiosa, um "ateu", precisamente porque acredita em alguém que não exite, no caso o dito "ateu", ou seja o crente na não-divindade. É verdade, acreditando o crente-maniqueista, em alguém que não exite, o ateu, acaba por ser também um ateu.A partir daqui a neuroteologia é uma treta como há demasiadas. O sentimento "religioso" há-de localizar-se em qualquer parte do cérebro, como todos os outros sentimentos que carecterizam o pobre bicho humano que vive com a dita cabaça enterrada em muita lama, e que nunca evoluiu, salvo na cabacinho da Darwin, um aprendiz de falso médico, que apresentou um visão ultra-primária da sua "evolução" das espécies. Nada é pre-existente na cabacinha dos humanos. A cabacinhna, assaz pobre, dos seres que se autoproclamam humanos, está preparada para receber os crentes-maniqueistas e os crentes na não-divindade, assim como os pobres dos neuroteologistas, sociólogos, paleontólogos, historiadores, psicólogos, filósofos e demais clientela que circula pelo ramo das ciência ocultas, e que engorda a olhos vistos. Gil Teixeira Advogado Telemóvel 936201591 |