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O Tempo

news_artigo.gifARTIGOS DE FUNDO II - Dieta da humilhação pública
Eu tinha dores de costas terríveis e precisava de perder peso.

Perdi trinta quilos em cinco meses. Esta é a história de como o consegui.

Sempre lutei com o meu peso a vida inteira. Tenho estrias a toda a volta da barriga.

Eu passo a maioria do dia a pensar em comida e é improvável mudar tão depressa, mesmo agora.

Adoro comer e tenho dificuldade em controlar-me quando tenho à minha frente bolos e tortas e sacos de Doritos. Oh, Doritos. Oh, Doritos. Como eu gosto disso. Já ouvimos falar de alcoólicos que não conseguem parar de beber, até caírem de bêbados. Eu sou assim com a comida. Não consigo parar de comer até cair para o lado.

Precisei então de impor a mim mesmo algumas regras básicas para perder peso, regras simples que eu achava razoáveis para poder continuar a seguir para o resto da vida. Aqui está o que eu fiz:


1. Comprei uma balança
Eu não tinha uma balança. Odiava pesar-me por não querer enfrentar a dura verdade do peso. Claro que isto é uma estupidez, porque a dura verdade está lá fora, para que todos possam ver quanto estou gordo. Isso não se pode esconder. Toda a gente já sabe que está ali um gordo.

E sempre que subia para cima da balança no consultório médico, ela até voava. "Oh, isso é só peso de água e tenho os sapatos calçados." Então eu comprei uma balança e enfrentei os factos.



2. Pesei-me diariamente
De manhã, em boxers, depois de me aliviar, mas não antes de beber água. Com a leveza maximizada. Também me pesei todas as noites, só para comparar com o peso da manhã. Normalmente, há uma diferença entre 1,3 a 2,6 quilos. Para onde vai o peso de noite? MAGIA.



3. Escrevi todos os dias o meu peso no Twitter
Não interessa onde. Pode ser no Facebook, num blog ou qualquer outro sítio. Bolas, pode imprimir-se e pôr-se em cima da secretária todos os dias.

Ao fazer isto, descobri que
1) tinha um incentivo público para atingir o objectivo,
2) ganhava o apoio das pessoas.

A maioria dos americanos luta com o seu peso e a maioria simpatiza com alguém que tenta ser mais saudável. O apoio ajuda. É provável que algumas pessoas nos provoquem, mas isso não deixa de ser um incentivo.

Parte da perda de peso está no reconhecimento do facto de termos problemas com os alimentos. E, caramba, eu tenho mesmo problemas com os alimentos.



4. Nunca comi depois do jantar
Às 6 da tarde, para ser preciso, porque eu como com os meus filhos. Isso pode não ser realista para si.

Mas existem muitas pessoas que defendem que não se deve comer demais à noite. Para mim, aquele jantar costumava ser o princípio da minha alimentação nocturna.

Havia a sobremesa. Depois, a sobremesa da sobremesa. A seguir, mais outra sobremesa. Depois, uma tigela de cereais. Em seguida, acabar o que os outros tinham deixado no prato.

Só palermices atrás de palermices.

Esta regra, e as três anteriores, foram e são aquelas a que realmente aderi.

As únicas vezes em que jantei fora de horas foi quando estive com amigos ou não tive mesmo outra hipótese.



5. Nada de petiscos, a não ser fruta
Eu conheço pessoas que dizem: "Oh, eu perdi peso com oito pequenas refeições por dia!" Pois bem, eu não sou capaz de fazer isso.

Um petisco à minha frente, torna-se numa refeição de enfarta brutos.

Eu costumava chegar a casa do trabalho e comer metade de uma caixa de cereais e uma embalagem de patê. Depois batatas fritas. A seguir, alguns amendoins. Sabe Deus o que não seria capaz de comer para tapar o buraco. Eram só asneiras.

Cortei com isso tudo e tinha bananas, laranjas e maçãs à mão quando a fome atacava ao meio-dia.

E isto é que é lixado: a fruta sabe-me mesmo bem agora.

Estou realmente feliz por fazer da fruta um petisco, o que me faz sentir estranho e errado.



5. Nada de repetir
Eu costumava repetir ao jantar. Comia dois pratos, no mínimo.

Enquanto comia a refeição, ajudou-me a ideia de que repetir era uma idiotice. A comida era a MESMA. 

Depois de repetir, eu limpava tudo quanto ficava no prato da minha mulher, como um animal esfomeado. Desejava que ela deixasse alguma coisa para eu poder comer. Eu até comia algumas vezes do prato dela antes de ela terminar. As mulheres ficam furiosas quando fazemos isso.

Também tive de controlar a minha fúria quando deitava para o lixo comida perfeitamente comestível que as outras pessoas não comeram. Nada me irrita mais.



6. Deixei de comer doces
Isto é uma espécie de mentira. Eu comi doces ocasionalmente ou um gelado.

Mas eu costumava comer um gelado enorme e, em seguida, metade de um pacote de amêndoas de chocolate para sobremesa.

A minha sobremesa veio em etapas, geralmente seguida de Cocoa Puffs. Isto é insensato.

Cortar no açúcar dá muito mais garantias de perda de peso. Não bebi nada com açúcar. Nada de refrigerantes (já estou viciado em Coca-Cola Zero). Nada de sumos. Nada destas porcarias.



7. Evitei hidratos de carbono, mas não fiquei maluco por causa disso
Eu não segui a dieta do Dr. Atkins ou coisa que se pareça. Eu não era capaz de viver sem açúcar, cereais, pão e massas. Mas esses eram os alimentos que eu costumava comer mais.

Cestos inteiros de pão no restaurante. Três pratos de macarrão ao jantar ("Estás a crescer, tens de te alimentar!"). Duas enormes taças de cereais ao pequeno-almoço. Triplas doses de arroz com a comida chinesa. Eu era capaz de comer quilos de arroz branco a uma refeição.

De qualquer forma, eu ainda como massas ao jantar mais ou menos todas as semanas.

Mas apenas um prato e não mais. Também acabei com as sanduíches ao almoço e como omeletes de ovo com queijo fresco, mas isso é só porque eu trabalho em casa. Não é tão fácil quando se trabalha num escritório.



8. Bebi chá verde sem açúcar
É um inibidor do apetite, além de me fazer sentir como se tivesse comido uma grande refeição de comida chinesa. Estranho, mas divertido.

Eu precisava de algo que me dissesse que a refeição tinha terminado, porque senão eu tinha de continuar a comer até misturar todas as refeições.

Terminar uma refeição à boa maneira chinesa é melhor do que muitas pessoas imaginam.

Beber uma chávena de chá no fim da refeição (normalmente descafeínado) foi a maneira que encontrei para dizer a mim próprio: a refeição TERMINOU.



9. Reduzi drasticamente os copos
Esta é uma decisão complicada para muitas pessoas. Mas a triste verdade é que uma meia dúzia de copos depois do jantar, acrescenta cerca de 900 calorias, que vão direitinhas para a pança.

Então cortei isso e passei semanas sóbrio e morto ao mesmo tempo. Com dois filhos, isto não era grande coisa para mim.

Se estiver na faculdade? Bem, isso é complicado. Mas sabe o que é que NÃO tem mesmo calorias? ERVA.

(Embora ache que vai ingerir 5.000 calorias depois de a fumar. Novamente, isso não é ideia que se tenha para emagrecer!)



10. Constatei que tudo o que comi era mesmo incrível
Se estou a conseguir fazer apenas três refeições por dia, é melhor que sejam mesmo boas. E eu disso tenho a certeza.

Sabia que duas fatias de bacon têm apenas 70 calorias?

Junte isso a um ovo estrelado e tem um pequeno almoço com menos de 200 calorias, muito menos do que uma tigela de cereais ou algo parecido.

Segui então o caminho do bacon. E não ligo nenhuma ao colesterol.

Também aprendi a refogar vegetais, a fazer a minha própria carne de porco saborosa, fazer molhos de bife tailandês e muitas outras coisas esquisitas, porque eu queria perder peso mas apreciar realmente o que estava a comer.

Nada de coxas de frango grelhado, ou coisas assim, como comem todas as noites os jogadores do NFL. Que se lixe. Eu ainda aprecio comida e gosto dela assim. As pessoas que não gostam de comida não estão boas da cabeça.



11. Eu fiz exercícios, mas isso resultava pouco
Fiz 45 minutos de cardio cinco dias por semana. Mas faço isso há 14 anos.Também fiz levantamento de pesos. Mas, a única coisa que realmente importava era que eu comia menos e dentro de uma rotina diária a que me poderia habituar.

(NOTA: Que fique dito que se deve fazer sempre exercício. Ajuda a não nos sentirmos lixo).



12. Tomei um suplemento de fibras
Metamucil
: Sinta-se leve!

Foi isso que fiz. E o que achei, apesar de não ter funcionado comigo, era que eu agora apreciava mais do que antes a FORMA de comer.

Antes, eu nem sequer pensava no que estava a comer. Era só meter para dentro, enfardar. Nem era capaz de dizer o que tinha comido nesse dia.

Mas agora, como estou a comer menos, lembro-me exactamente do que comi naquele dia e olho para trás com carinho. Oh, aquela salsicha estava tão boa. Que boa estava...

Também acho que publicar o meu peso me ajudou a não engordar, não porque quisesse ganhar a admiração do público, mas porque isso deixou de me fazer sentir interiormente mal comigo mesmo.

Além disso, se o peso aumentar, porque me excedi um dia (maldita festa de aniversário), agora eu sei que tenho um programa que pode resolver o problema e em pouco tempo.

Eu nunca vou deixar de gostar de comida ou de lutar para lhe resistir. É isso que acontece. Eu vou ter sempre a alma de uma pessoa com obesidade mórbida.

É bem provável que a forma como perdi peso não tenha grande utilidade para si.

Mas pesar-se todos os dias e controlar o peso é um longo caminho que o pode ajudar independentemente do método que esteja a utilizar.

Esta é, portanto, a dieta da humilhação pública.

Se está a tentar perder peso, congratulo-me e apenas lhe posso desejar a melhor sorte.

E se for o tipo de pessoa que está sempre magra não importa o quanto come ou o que come, eu espero que lhe caia em cima uma das sete pragas do Egipto.


Tradução Juris - Artigo original


Criado em: 27/05/2010 • 15:02
Actualizado em: 27/05/2010 • 15:10
Categoria : ARTIGOS DE FUNDO II

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