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news_artigo.gifCANCIONEIRO de Castelões -
Romances - O Romance do Cego
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O Romance do "Cego" que coligi encontra-se com pouca diferença no Romanceiro de Almeida Garrett (III Romances Cavalheirescos Antigos, 3ª edição, Lisboa, 1875, pág. 193).

Encontra-se também em o "Douro Litoral V" numa versão de Monte Córdova, a pág. 29, 30, acompanhado de música, no ano de 1942.

Informa o "Douro Litoral" que este romance aparece em A. C. Pires de Lima, Trad. Populares de Sto Tirso, sep. da Revista Lusitana, vol. XVIII e pág. 59 e seg. da Revista Lusitana, anos XX e XXI, pág. 44, e que se encontra em Tomaz Pires, Miscelânea Folclórica in Rev. do Minho, em XV, pág. 222 (1900) e que é intitulado por "Cego de Amor" e assim conhecido em Elvas.

Tal como o ouviram meus ouvidos, ei-lo!




I

- 'Corde minha mãe,

'Corde de dormir;
Ouvirá o cego
Cantar e pedir.

- Se ele canta e pede,
Dá-lhe pão e vinho;

- Não quero o seu pão,
Nem quero o seu vinho,
Quero c'a menina
Me ensine o caminho.

- Pega minha filha
Em roca e linho,
E vai ensinar
Ó triste cego, o caminho.

- Já sfiei a roca,
Já stafei o linho;
Adiante cego,
Siga meu caminho.

- Sou curto da vista,
Eu num vejo bem;
Venha aqui, menina,
Venha mais além.

- Ó valha-me Deus
E a Virgem Maria!
Nunca vi um cego de cavalaria.

- De Condes e Duques
Eu fui pretendida,
Agora dum cego
Me nego vencida.

Adeus minha casa,
Adeus minha terra,
Adeus minha mãe
Que tão falsa me era.

1947

Variante A

... ... ... ... ... ... ... ...

... ... ... ... ... ... ... ...

- Pega minha filha,
Pega em roca e linho
E ao triste cego,
Ensina o caminho.

- Já sfiei minha roca,
Já fiei meu linho;
Agora triste cego
Siga seu caminho.

- Sou curto da vista
E não vejo bem;
Quero que a menina
Venha mais além.

- De Condes e Duques
Eu fui pretendida
E dum triste cego
Me vejo vencida.

Adeus minhas casas,
Adeus minhas moças;
Adeus minha mãe
Que tão falas me fostes.

Adeus minha casa,
Adeus minha terra,
Adeus minha mãe
Que tão fals me era.

Variante B

... ... ... ... ... ... ... ...

... ... ... ... ... ... ... ...


- Já sfiei a roca,
Já stafei o linho,
Adiante cego
Siga seu caminho.

- Sou curto de vista
Ou num vejo bem,
Benha aqui menina,
Até mais além.

- Estou im ananga (1)
Pra me deitar

- Se stá im ananga
Mesmo assim na quero
Ela é de meu jeito
Assim a venero.


(1) Ananga - distorção de anágua que significa lingerie, camisa de noite.


Criado em: 08/11/2008 • 08:04
Actualizado em: 31/01/2021 • 14:11
Categoria : CANCIONEIRO de Castelões


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Comentários


Comentário n°1 

josefu 27/11/2009 • 09:54

Bem aventurados os que também distribuem a sabedoria, o conhecimento.tongue
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